Existe um tipo de erro – grande, por sinal – que todo negócio que está iniciando no marketing digital tende a cometer: investir tempo, esforço e dinheiro em busca de curtidas de página ou de posts. Esse erro ainda é frequente por causa de alguns fatores, que remetem ao início das redes sociais. Quando não tínhamos ainda diferenças claras entre perfis pessoais e corporativos, ou mesmo antes de surgirem os diferentes tipos de anúncios e objetivos nas plataformas sociais.

No entanto, hoje, em pleno 2020, se o seu negócio ainda impulsiona publicações (ou posts) visando apenas curtidas ou gasta recursos para angariar curtidas de página, pare agora mesmo sua estratégia de marketing digital e refaça para um objetivo mais direto e eficiente. Se há exceções? Claro que há. Mas elas são tão pontuais que é possível afirmar, com margem de segurança de 95%, que 99% dos leitores deste texto NÃO ESTÃO entre estas exceções.

Mas, primeiro, vamos contextualizar essa afirmação e o cenário do marketing digital nas redes sociais atualmente. Curtir ou seguir são desdobramentos popularizados sobretudo no Facebook para conectar usuários e/ou suas afinidades. Com outros nomes, mas a mesma finalidade, esse tipo de “reação” está presente em quase todas as redes. De fato, ele é ótimo para medir a aderência da comunidade conectada a um determinado conteúdo. Ou, no jargão marqueteiro, o “engajamento” de uma publicação.

Quando surgiu o Facebook, e sua estratégia de conquistar cada vez mais usuários, a rede expunha todo conteúdo que você publicava a todos os seus amigos. Era um tempo em que só havia “perfis” pessoais. Contudo, o sr. Mark Zuckerberg tinha planos — óbvio e justo — de fazer dinheiro com sua criação. Então introduziu as fanpages, cujo conceito em essência destina-se principalmente à presença corporativa ou comercial na rede. As fanpages (ou os perfis corporativos em outras redes) não têm amigos. Têm seguidores (ou curtidores), aquelas pessoas que curtem uma determinada página na intenção de acompanharem seus conteúdos.

Mas isso não fez o Facebook (ou o Instagram, ou o LinkedIn) por si só ganhar dinheiro. O que praticamente todas as redes sociais fizeram foi reduzir gradativamente o alcance. No caso do Facebook, de todas as publicações — inclusive nos perfis pessoais, mas principalmente para as fanpages. O que significa reduzir o alcance? Significa dizer que, de alguns anos para cá, apenas uma fração realmente muito pequena dos seus amigos (no perfil) ou dos seguidores (e curtidores) de uma fanpage realmente receberão suas atualizações nas suas timelines.

Ninguém consegue precisar ao certo o quanto representou essa diminuição do alcance e ela varia muito dependendo de centenas de fatores ligados aos algoritmos de cada rede, mas estima-se que essa exposição em média, atualmente, seja interior a 2%. Ou seja, de cada 100 seguidores de uma página, aproximadamente 2 receberão organicamente uma notificação de atualização, mesmo que façam qualquer opção de prioridade para receber aqueles conteúdos.

E como ultrapassar esse limite e alcançar mais pessoas? A resposta é justamente a forma que as redes sociais encontraram para a monetização de seus serviços: ofereceram a opção de anúncios pagos. Hoje, as plataformas sociais viraram gigantescas plataformas de publicidade. Na forma de impulsionamento de posts (para ampliar o alcance das publicações), para angariar curtidas de páginas ou mesmo apresentar anúncios específicos fora da timeline do anunciante. Anúncios que podem ser exibidos diretamente em todos os canais da rede social para potenciais interessados.

E aí, já entendeu porque usar marketing digital em busca de curtidas é um mau negócio?

Exatamente. Quem quer vender não liga para curtidas. Se você quer apenas consolidar a marca, mostrar força diante da concorrência ou tentar criar uma rede forte para sobreviver de publicações (e vendas) orgânicas num futuro longínquo, então você talvez seja uma das exceções que falei no início deste texto. Talvez você tenha um interesse institucional, político ou ideológico; também pode ocorrer.

Mas 99% dos pequenos e médios negócios que buscam crescer com marketing digital precisam mesmo é aumentar as vendas agora! E investir numa estratégia que na melhor das hipóteses vai apenas possibilitar que você chame a atenção de no máximo 2 em cada 100 consumidores — e ainda assim num futuro distante — é um péssimo negócio.

É um mau negócio principalmente sabendo que você pode usar o mesmo recurso para entregar agora mesmo sua oferta, de produto ou serviço, para 100 em cada 100 potenciais consumidores. Como? Direcionando seu anuncio ou post para o objetivo específico de conseguir conversões!

Se você precisa de cadastros de clientes para contato posterior, seu anúncio deve direcionar para uma página de captura de leads (com formulário de contato, preenchimento de email, etc) ou até mesmo um formulário do próprio Facebook. Se quer tornar seu produto ou serviço mais conhecido, opte por estratégias de alcance. Se pretende vendas diretas via Internet — e não há maior objetividade que isso — anuncie com o link da página de compra diretamente. Ou pode usar o link para o Whatsapp Business (ou Messenger) de seu negócio, para sua equipe de vendas cuidar do restante.

Até se quiser fortalecer a marca e ser realmente lembrado, será mais marcante oferecer no anúncio um conteúdo rico para download, levando a uma landing page marota, com uma copy bem escrita que, no fim, trará o resultado adicional de captar contatos de seus potenciais clientes.

Se tiver a chance de unir tudo isso com sistemas de remarketing, automação de marketing digital e CRM, melhor ainda. Mas aí já é tema para outra conversa!

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