Nesta quarta-feira, 8, prateleiras que davam suporte a um número elevado de processos no Fórum de Carapicuíba caíram no cartório do Anexo Fiscal, assustando servidores e deixando em alerta a Apatej (Associação Paulista dos Técnicos Judiciários). O desabamento aconteceu fora do horário do expediente e, apesar de não haver feridos, equipamentos como ventiladores e computadores foram danificados.

O acidente chamou atenção tanto do presidente da Apatej, Mário José Mariano (Marinho), quanto dos servidores para problemas ainda mais graves na estrutura do prédio, como rachaduras nas paredes e teto. Além do temor do risco real e iminente de novos tombamentos, principalmente na infraestrutura do prédio, os servidores do local também sofrem com a temperatura do ambiente que, no verão, chega a atingir 38ºC, devido às telhas de amianto proibidas em São Paulo em razão do câncer. Infestação de ratos, baratas e pombos são outra preocupação do funcionalismo, já que constituem insalubridade aos trabalhadores.

Pedidos de adequação do prédio para condições seguras e higiênicas já foram encaminhados ao Tribunal de Justiça. No entanto, o Palácio tem sido relutante em periciar o local e trazer soluções.

Na segunda-feira, 6, o presidente da Apatej, reuniu-se com a ministra Eliana Calmon, também presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), após abertura da primeira etapa da inspeção da Corregedoria Nacional de Justiça no TJ/SP. Na ocasião, Marinho relatou a ministra a precária situação do Fórum de Carapicuíba, conhecido na região Oeste pelos constantes problemas de infiltrações e casos graves de insalubridade, principalmente em função de sua localização, dentro de uma área livre no município. “Além de todos estes problemas estruturais que colocam em perigo constante todos os servidores, os quais o TJ sempre fez vista grossa, a situação torna-se ainda mais preocupante em razão da localização do prédio, no meio de uma área livre, com problemas de insalubridade e tudo o mais que está implícito”,disse Mário José Mariano.

Ao final do encontro, a ministra Elizan Calmon comprometeu-se em solucionar a situação e disse já estar a par do problema.