Passos rápidos, público crescente e lojas cheias. Este é um dos sinais evidentes que o comércio começa a se agitar no mês que antecede o Natal. De acordo com o Sindicato dos Comerciários de Osasco e Região (Secor) a região metropolitana de São Paulo deverá ter um crescimento de 12% no volume de vendas do varejo em relação a 2009.

Segundo o sindicato, as expectativas para aumento do PIB estão entre 4,5% e 5%, o que garantirá a manutenção do consumo e a retomada do crescimento mais robusto do volume do crédito. “As vendas em Osasco podem crescer até 8% com um aumento real de 4% do comércio geral em relação a 2009, com destaque para os segmentos de vendas via comércio eletrônico . Apenas para o Natal, as previsões são de crescimento de 12% das vendas”, explica o Secretário Geral do Secor, Luciano Pereira Leite.

O secretário avalia que os segmentos que devem puxar as vendas do Natal são eletrodomésticos e eletroeletrônicos (27%), lojas de departamentos (19%) e farmácias e perfumarias (18%). Grandes redes varejistas já começam a esticar os prazos de pagamento de eletrodomésticos, eletrônicos e equipamentos de informática, ainda de forma promocional. Para Luciano Leite, essa é uma clara indicação de que os financiamentos longos devem ganhar força neste Natal.“Hoje é possível quitar uma máquina de lavar em dois anos e meio, um televisor em dois anos e um computador em um ano e meio, essas facilidades são estimulantes para as vendas de fim de ano”, destaca .

Segundo Luciano Pereira, o otimismo para as vendas de fim de ano é baseado nas pesquisas de intenção de compra realizadas pela Fecomércio, que apontam índice de 141,1 para a disposição de consumo dos trabalhadores – o indicador varia de zero a 200, sendo que valores acima de 100 demonstram otimismo. “As pesquisas mostram que o consumidor está satisfeito com o emprego, com sua renda, com seu consumo e acredita que tudo isso vai melhorar em um futuro próximo. E essas características todas apontam diretamente para predisposição ao consumo de bens duráveis, que costumam ter um valor mais alto e por isso são pagos a prazo”, reforça.

Um fator que pode ajudar a garantir as vendas de eletrodomésticos é a queda dos juros. No Natal de 2009, os financiamentos aos consumidores custavam em média 42,7% ao ano, informa o Banco Central. Agora, a taxa média é de 39,9% ao ano.

O secretário também cita o crescimento do índice de otimismo dos consumidores brasileiros segundo indicador ICF (Intenção de Compra das Famílias), divulgado pela Confederação Nacional do Comércio em relação à compra de bens duráveis, que cresceu 2% em outubro deste ano.

“Este levantamento reforça que além do aumento da massa salarial e, principalmente do crédito, a valorização do real este ano impõe uma dinâmica específica aos preços dos bens duráveis com desacelerações, ou mesmo quedas persistentes, após a retirada dos incentivos fiscais nos primeiros meses de 2010, ou seja os produtos estão mais baratos e mais atrativos ao consumidor” finaliza.

O Sindicato dos Comerciários de Osasco e Região (Secor) foi fundado em 1976 e representa 45 mil trabalhadores no universo de 20 mil empresas na região. É presidido por José Pereira da Silva Neto e luta pelos direitos dos trabalhadores no comércio. Para mais informações acesse o site: www.secor.com.br

Raquel Duarte/Nova Onda Comunicação

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