Para o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Barueri, dados reforçam luta pelo adicional de periculosidade aos vigilantes

Para o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Barueri, dados reforçam luta pelo adicional de periculosidade aos vigilantes

Um estudo divulgado no mês de abril mostrou que os assaltos e arrombamentos a bancos aumentaram 57% em 2012, em relação a 2011, atingindo 2.530 ocorrências em todo o país. No ano anterior foram 1.612 ocorrências. Houve aumento de 84% dos casos de arrombamentos, com 1.763 casos em 2012 ante 959 em 2011. Os assaltos foram de 653 a 767, aumentando 17,5%.

São Paulo ainda é o estado com maior número de casos. Em 2012 foram 222 assaltos e 270 arrombamentos nas agências do Estado. Os dados são da 4ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, elaborada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV).

Para o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Barueri, Amaro Pereira, os dados são preocupantes. “A pesquisa traz dados que reforçam a nossa luta por melhores condições de trabalho e pelo pagamento do adicional de periculosidade de 30% aos vigilantes. Além disso, precisamos levar esses números às autoridades competentes, governo e polícia, pois precisam ser tomadas medidas concretas para que haja mais prevenção e combate a esse tipo de crime. Caso contrário, estaremos expondo a um risco cada vez maior a vida de trabalhadores e clientes”, afirma.

Entre os problemas apontados pelas entidades sindicais de modo geral, está o fato de que os bancos investem pouco em segurança. De acordo com estudo do Dieese, baseado nos balanços publicados em 2012, os seis maiores bancos do Brasil (Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil, Santander, Caixa e HSBC) lucraram R$ 51,3 bilhões e aplicaram R$ 3,1 bilhões em despesas com segurança e vigilância. Isso representa uma média de 6,1% na comparação entre os lucros e os gastos com segurança.

As categorias apresentaram, juntamente com os dados da pesquisa, uma série de reivindicações em relação à segurança bancária, como instalação de porta giratória com detector de metais antes da sala de autoatendimento; instalação de guarda-volumes; vidros blindados nas fachadas; câmeras de vídeo em todos os espaços de circulação de clientes, bem como nas calçadas e áreas de estacionamento, para auxiliar a polícia na identificação de suspeitos, entre outros itens.

 

Outro lado

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban), contestou os dados da pesquisa que, segundo a entidade, divergem do relatório patronal, que registrou 440 assaltos, enquanto os sindicatos registram 773.

A Febraban informou por meio de nota que os investimentos em segurança avançaram nos últimos anos: de 2002 (R$ 3 bilhões/ano) até 2011 (R$ 8,3 bilhões) aumentaram 62,4% em termos reais. “De acordo com dados de 17 instituições financeiras, que incluem os principais bancos de varejo, em 2012 foram registrados 440 assaltos, incluindo as tentativas, o que corresponde a uma queda de 56% em relação ao total de 1.009 assaltos e tentativas de assaltos verificados em 2002”, diz a nota.