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Não é mais novidade que o presidente Michel Temer tenta de todas as formas suprimir os direitos dos trabalhadores e o acesso da população a serviços básicos, como saúde e educação. A aprovação da PEC 55, que congela os gastos sociais por 20 anos, já deixou isso bem claro.

Agora, o movimento sindical tem mais um obstáculo para driblar: a reforma na previdência. Enviada para o Congresso por Temer em dezembro do ano passado, a PEC 287 é uma tentativa de desconstrução de todas as garantias sociais já conquistadas no país.

Se aprovada, todos os trabalhadores homens com menos de 50 anos e as trabalhadoras mulheres com 45 anos já obedecerão às novas regras. Sendo assim, o governo pretende fixar a idade mínima de 65 anos para o trabalhador se aposentar e ainda elevar o tempo mínimo de contribuição para 25 anos.

Atualmente, o governo protagoniza um massacre aos direitos dos trabalhadores e, sem respaldo da sociedade, está prestes a mudar completamente a garantia que todo o trabalhador brasileiro tem que ter um descanso devido os anos de contribuição com o país.

De acordo com pesquisa do Instituto Vox Populi, 87% dos brasileiros rejeitam a reforma da previdência. E assim, nos perguntamos: como um governo tem a cara de pau de organizar uma reforma desse porte sem consultar os brasileiros e ainda a toque de caixa? Não houve debate com a sociedade, não foram ouvidos os representantes dos trabalhadores, dos aposentados, dos pensionistas, advogados da área.  Assim, o texto apresentado não representa e não atende os anseios do povo brasileiro. Essa conta não pode estourar no bolso do trabalhador.

Finalmente, vamos nos conscientizando sobre os prejuízos causados por esse governo e percebemos que a união e a mobilização do movimento sindical e dos trabalhadores é a chave para irmos  na contramão do atual governo e suas medidas indecentes.

Vamos continuar atentos aos ataques incessantes do governo federal e lutar pela garantia do emprego do trabalhador e dos direitos trabalhistas. Neste ano, teremos muito trabalho para fazer e estamos preparados!

João Ferreira, presidente do Sindicato dos Gráficos de Sorocaba e Região.