A reforma trabalhista, sancionada em julho pelo governo ilegítimo de Michel Temer, entrará em vigor no próximo dia 11 de novembro, alterando mais de cem pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

O trabalho intermitente é um dos pontos estabelecidos pela Reforma Trabalhista, em que o funcionário poderá ser contratado sem horário fixo e receberá somente por essas horas trabalhadas, ou seja, não terá um salário fixo mensal.

Trabalhar 8 horas diárias também ficará no passado!  Com a reforma em vigor, qualquer atividade poderá ter 12 horas diárias com 36 de descanso. Já o intervalo de almoço será reduzido para 30 minutos.

Além de alterar a jornada de trabalho e mexer no bolso, a reforma trabalhista vai atingir em cheio a saúde mental e física do trabalhador, principalmente das gestantes e lactantes, pois elas poderão trabalhar em ambientes insalubres. É um absurdo!

A situação é ainda pior porque o trabalhador não terá a proteção que o sindicato oferece. Hoje, os sindicatos são responsáveis pela fiscalização da homologação, mas com a nova legislação, essa responsabilidade ficará com o empregador, que terá o trabalhador em suas mãos!

Quando o trabalhador contribui com o sindicato, ele ajuda manter a entidade e os serviços oferecidos por ela, mas sabemos que o governo não está do lado do trabalhador! Enfraquecendo o sindicato, o prejuízo maior será do trabalhador.

Já podemos sentir na pele o peso da Reforma Trabalhista nessa Campanha Salarial, pois o patrão está resistente! No entanto, não vamos nos dar por vencidos. Em um cenário tão crítico como esse, é essencial fortalecer o sindicato, pois sem ele, não há luta, não há negociações, não há defesa para o trabalhador!

 

João Ferreira, presidente do Sindicato dos Gráficos de Sorocaba e Região