Com brados de luta e agitando suas bandeiras, cerca de 500 pessoas percorreram as ruas centrais de Osasco para entrega da Pauta de Reivindicações da Campanha Salarial 2011 na manhã desta quinta-feira, 28. A passeata organizada pelo Sindicato dos Comerciários de Osasco e Região (Secor) percorreu as ruas centrais e finalizou no calçadão da rua Antônio Agu. com a entrega da pauta pelo presidente da entidade, José Pereira Neto ao presidente do sindicato do Comércio Varejista de Osasco e Região, Jurandir Paes.

Além da participação dos trabalhadores, o ato contou com presença de representantes do Service Employer Internacional Union (SEIU), sindicato sediado em Washington. Também estiveram presentes militantes, líderes sindicais da região e parlamentares.

Durante o evento houve a apresentação da Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da Arte Capoeira (ABADÁ), destacando a atividade como símbolo histórico contra a opressão e a liberdade dos afrodescendentes no Brasil, pois além de um forte instrumento cultural, histórico e pedagógico, a capoeira foi uma grande ferramenta de libertação usada pelos negros.

Em seu discurso, o presidente do Secor destacou o tema escolhido para a campanha salarial deste ano Na raça, o movimento é geral. “Escolhemos este slogan em referência à universalidade da luta e uma homenagem ao Ano Internacional dos Afrodescendentes, em 2011, decretado pela Organização das Nações Unidas, ONU”, destacou Neto.

Entre as reivindicações que constam no documento entregue ao setor patronal constam: reajuste salarial de 11%, renovação das atuais cláusulas sociais e a ampliação de direitos e benefícios, valorização do piso salarial da categoria com o reajuste de 12%, redução da jornada para 40 horas semanais sem redução de salários, fornecimento obrigatório de cesta-básica, vale-refeição, auxílio-creche, licença-maternidade de 6 meses, fim das demissões imotivadas, combate ao assédio moral, entre outras.

Uma novidade apresentada pelo sindicato na Campanha Salarial de 2011/2012, é a inclusão do Programa Especial de Novidades e Sugestões nas Empresas (PENSE). “Queremos que o trabalhador criativo e participativo seja reconhecido e remunerado de 1 a 5 salários mínimos por ideias que gerem inovação e lucro para a empresa. Esta é mais uma forma de valorizar o trabalhador pelo seu empenho”, ressaltou Neto.

Raquel Duarte/Nova Onda Comunicação

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