Nos últimos anos, a representatividade sindical e os direitos da categoria gráfica no estado de São Paulo vêm aumentando gradativamente, de acordo com a Federação Paulista dos Gráficos (Ftigesp). Tal crescimento é atribuído pela Ftigesp à organização sindical e a força da negociação coletiva que os sindicatos vinculados à Federação conquistaram através de muito trabalho e esforço ao longo das últimas décadas.

Ainda de acordo com a Federação, se antes eram nove cláusulas que compunham a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, hoje, já são 87, incluindo o direito a cesta básica, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), entre outros benefícios, que, em sua maioria, são superiores aos definidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

No entanto, mesmo com tantos avanços, a Reforma Trabalhista, em tramite, ameaça todas as conquistas da categoria. Para o presidente do Sindicato dos Gráficos de Barueri, Osasco e Região (Sindigráficos), vinculado a Ftigesp, as medidas propostas pelo atual governo federal são uma afronta ao trabalhador. “Tanto a Trabalhista, quando a Reforma da Previdência, são sinônimo da extinção da CLT e da previdência social e, consequentemente, da precarização das relações trabalhistas e da desvalorização do trabalhador brasileiro”, completou.

Na luta contra as reformas, o Sindigráficos vem participando de diversas manifestações e se uniu ao Comitê Permanente Contra as Reformas da Previdência e Trabalhista da Região Oeste, grupo de sindicatos, centrais sindicais, federações, entidades e movimentos sociais que se uniram para organizar atos em defesa dos trabalhadores. “No dia 15/3, participamos do Dia de Paralisação Nacional, quando foi realizada grande passeata no centro de Osasco, além do fechamento de alguns comércios. Já no dia 28/4, no Dia de Greve Geral, realizamos um ato no centro de Barueri ao lado de outras categorias e sindicatos da região, além da manifestação na rodovia Régis Bittencourt”, afirmou Álvaro.

Para o Sindigráficos e demais sindicatos vinculados a Ftigesp, a reforma de Temer atacará de frente todos os direitos da CCT e de proteção aos trabalhadores. “Precisamos continuar reagindo a todos esses ataques. O fim da contribuição sindical, um dos pontos previstos na Reforma Trabalhista, é apenas uma estratégia para enfraquecer nossos sindicatos e, consequentemente, tirar cada vez mais direitos dos trabalhadores. Um sindicato enfraquecido representa uma categoria vulnerável e nós não podemos permitir que isso aconteça”, explicou o presidente.

A Ftigesp também está se mobilizando e enviou para vários senadores reivindicação para que a tramitação da reforma trabalhista seja suspensa ou para que o texto seja modificado de modo que preserve os direitos trabalhistas.

 

 

 

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