DrImagine que 30 anos atrás, um garoto chamado Marty McFly e um cientista chamado Doutor Brown embarcassem numa máquina do tempo – digamos, um DeLorean – e chegassem ao Brasil de hoje. Pois que esse exercício foi proposto por um sem número de articulistas e veículos nesta semana, quando aconteceu 21 de outubro de 2015, data da chegada ao futuro da segunda aventura da trilogia.
Resolvemos também entrar no exercício, e encontramos um futuro sombrio e preocupante. Um futuro onde há uma maravilha chamada Internet, mas milhares de pessoas usaram para dizer que se sentiram sexualmente atraídas por garotinhos e garotinhas de um programa de culinária infantil!!! E nem mais na época de casamentos prometidos estamos!
Também encontramos um futuro onde um grupo de parlamentares homens – deputados do Congresso Nacional – redefinem o conceito de estupro para sexo sem consentimento que causa danos, não apenas sexo não consentido, e ainda criminalizam o uso de métodos contraceptivos como a pílula do dia seguinte. O mesmo Congresso presidido por um auto proposto baluarte da moral e religiosidade, que segundo a justiça da Suíça é detentor de contas milionárias naquele país usadas para receber propina.
Também vimos um futuro onde ainda existe discriminação pela cor da pele, pela classe social e pela identidade de gênero. E as pessoas ainda confundem casamento religioso com união civil estável na hora de oficializar a união de pessoas do mesmo sexo.
No fim do exercício de “futurologia”, nos demos conta de que esse nosso presente difere bem pouco de um passado muito anterior ao filme. Por outro lado, se o futuro do filme era diferente do presente, é porque o futuro não está entalhado na pedra: vai sendo escrito conforme nossas ações. Por isso chegamos à conclusão ainda esperançosa de que fazer um futuro melhor depende apenas de nós e nossas decisões!

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